Une flâneur à Montréal: Episódio 01

Uma palavra sobre o flâneur

A ideia do flâneur como um observador privilegiado da vida moderna e de sua flânerie como uma forma de apreender e representar esse novo espaço remonta ao poeta Charles Baudelaire e à análise de sua obra feita por Walter Benjamin. Nesta coluna, a noção do ‘ser flâneur’ e do ‘flanejar’ se encontram na sua forma mais genérica, significando não mais que o prazer de alguém que se depara com um novo e excitante horizonte e se propõe a, então, experimentá-lo não só com os olhos, mas com todos os órgãos sensoriais atentos.
Ah, quem me dera saber ‘flanejar’ como o poeta… O verdadeiro flâneur, aquele da concepção benjaminiana sobre Baudelaire, tem a habilidade de relevar as articulações do indivíduo com a cidade em todas as suas sutilezas. Longe de mim essa habilidade. Aqui eu apenas compartilho um exercício pessoal de percepção e análise com foco em assuntos de interesse para profissionais e estudantes de design e comunicação. E, por que não, também de qualquer um que se interesse pelo novo, pelo diferente e pelo inteligente.
E, como não poderia deixar de ser, depois do meu lado acadêmica aí de cima, segue meu lado professora: para quem não conhecia o termo ou quer se aprofundar na questão bebendo da fonte (afinal, Benjamin é sempre uma boa leitura):

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas III: Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Para quem quer uma versão mais ‘fast-food’ (nada de preconceitos, hein! Eu adoro McDonalds, Burger King e afins), um achadinho que fiz nas pesquisas da vida:

MASSAGLI, Sérgio Roberto. Homem da multidão e o flâneur no conto “O homem da multidão” de Edgar Allan Poe. Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários, Londrina, vol. 12, p. 55-65, jun. 2008. Disponível em: <http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol12/TRvol12f.pdf>

Vive la flânerie!!!

Um abraço,
Cynthia*

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